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Diversidade & Inclusão

Mulheres e o mercado de trabalho

Renata Spallici fala sobre a mulher no mercado de trabalho e compartilha um vídeo com dicas poderosas para as mulheres que querem vencer no mundo corporativo.

 9 de março de 2016
4 min de leitura

Mulheres e mercado de trabalho

Não é fácil ser mulher no mercado de trabalho! Sinto que, apesar de já estarmos presentes na vida das empresas há um bom tempo, o mundo corporativo ainda está se ajustando às demandas femininas, ao mesmo passo em que nós, mulheres, estamos aprendendo a lidar com algumas regras desse jogo.

Os números da desigualdade no Brasil não mentem. As mulheres têm salários que chegam a ser de 25% a 30% menores, e a participação feminina em cargos de alta liderança ainda é pequena, apesar de vir aumentando ao longo dos anos. Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2012, somente  26% das empresas tinham funcionárias em funções de comando. Em 2013, a proporção aumentou para 33% e, em 2014, para 47%. Nas  150 companhias brasileiras que participaram da pesquisa, não  havia mulheres na presidência ou vice-presidência.  Além disso, os  conselhos de administração têm, em média, cinco integrantes, sendo apenas uma vaga  ocupada pelo sexo feminino, na maioria dos casos.

E por que isso acontece? Somos menos competentes? Tenho absoluta certeza que não! Temos menos estudo? Muito pelo contrário. A proporção de mulheres brasileiras com títulos acadêmicos de nível superior é maior que a de homens – a parcela da população feminina adulta com diploma é de 12%, ante 10% da masculina. Qual o grande problema, então?

Para começar, as pressões da sociedade para que a mulher seja a principal cuidadora da casa e dos filhos fazem com que ela  acabe dispondo de menos tempo para horas extras excessivas, happy hours, jantares de negócios. Muitas vezes, nos desdobramos nos horários vagos para dar conta de tudo, enquanto os homens mantêm esses momentos mais livres e se dedicam a fazer networking e trabalhar para suas “promoções”. A mulher que sai no meio da tarde para fazer a unha é vista com desconfiança, e a que está com as unhas descuidadas  em uma reunião de negócios é tida como relaxada! Oi? Como dar conta de tudo isso ao mesmo tempo?

Outro fator que vejo como um “empecilho” é que o público feminino tende a ser menos disposto a fazer acordos e a participar de jogos corporativos! Eu enfrento dificuldades como essas todos os dias. Sempre fui muito fiel a minha essência, e precisei ser muito forte para me manter firme à minha personalidade, em tudo que acredito e que me faz feliz. E essa é uma luta que preciso travar a cada dia.

Esse vídeo que compartilho com vocês, da COO do Facebook, Sheryl Sandberg mostra um pouco mais os porquês da porcentagem muito menor de mulheres em cargos de chefia, quando comparadas aos homens e nos oferece três conselhos que considero superpoderosos. Confiram o vídeo e continuem buscando os seus objetivos profissionais, não desistindo dos seus sonhos! Talvez nós não vejamos ainda a mulher ocupando 50% dos cargos de chefia, mas, certamente, faremos parte desse processo de mudança com nossa luta e força!

 

 

Dei também uma entrevista recentemente sobre esse tema para meu amigo Scher Soares e, se quiser saber um pouco mais sobre o que penso sobre mulheres e mercado de trabalho, você pode conferir aqui.

Meninas! Não se esqueçam de participar do Concurso Cultural que preparei para vocês nessa semana comemorativa das mulheres! Acessem a página especial do concurso, http://renataspallicc.wpengine.com/concurso responda a pergunta “O que você mais gosta no seu corpo e por quê?” e concorra a um superprêmio!

Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci