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Fitness

De vítima de bullying à campeã de fisiculturismo

Conheça a história das trigêmeas, Adriana Dantas e suas irmãs, que superaram as críticas ao corpo para se tornarem exemplos de beleza!

 14 de setembro de 2017
9 min de leitura

Conheça a história de superação de bullying

Dia desses, eu estava navegando pela internet e me deparei com uma história com que me identifiquei muito! As trigêmeas Adriana, Andreia e Alessandra Dantas que conquistaram o campeonato paulista de fisiculturismo contavam que sofreram bullying na infância, por serem muito magras, e como superaram essa dificuldade para se tornarem mulheres lindas e poderosas!

Não pude deixar de lembrar um pouco da minha própria história! Quem já teve a oportunidade de ler o meu livro “Do Sonho à realização” certamente conhece os problemas de bullying pelos quais  também passei na infância e adolescência. Meu cabelo crespo, em uma época de cabelos lisinhos e de franjinha, me rendeu o apelido de Shampoo e Bob Marley, e me fazia sofrer até!

Eu era meio gordinha, o que também me trazia inúmeros problemas no ballet que sempre foi minha grande paixão. Para quem não sabe, os padrões para bailarinas são quase tão radicais quanto os de modelo de passarela, e a minha luta com a balança e com as críticas de colegas e professoras também era um suplício.

Se eu era gordinha para o ballet, era pequena e frágil demais para o vôlei e handebol que a meninada jogava no colégio em que estudava. Enfim, fora dos padrões para o que quer eu fosse… Hoje, olhando em perspectiva, até me divirto, mas, naquela época, não achava nada engraçado…rs

E justamente por isso me identifiquei com a história das meninas e quis compartilhá-la aqui com vocês! Afinal, acredito que, ao mostrarmos histórias assim, ajudaremos aquelas pessoas que sofrem bullying, reforçando que tudo na vida é passageiro e que, muitas vezes, padrões existem exatamente para serem superados.

 

Magras e idênticas em dose tripla

 Trigêmeas que sofreram bullying

A gente está acostumada a ver crianças que sofrem bullying pelos mais diversos motivos: gordinha, cabelo diferente, magra demais, nariz grande, olho pequeno, enfim… tudo aquilo que sai um pouco do padrão pode ser um alvo para a crueldade das crianças.

E, no caso das trigêmeas, os motivos vinham literalmente em dose tripla: três meninas bonitas, magrinhas demais, que faziam trabalhos de modelo desde os dez anos de idade e que aonde chegassem atraíam as atenções. “Acabava que ninguém queria muito ser nossa amiga e, muitas vezes, éramos até ameaçadas fisicamente”, relata Adriana. Naquela época, o termo bullying ainda não fazia parte do vocabulário, mas a prática era exatamente essa.

As irmãs se fortaleciam na amizade entre elas e na prática esportiva. O pai, professor de karatê, as incentivava sempre a buscar na atividade física a superação e, aos 17 anos, as meninas começaram a malhar para tentar ganhar massa e fugir do estereótipo de “magrelas”.

“Nessa época, a gente queria ter pernão, bundão, mas a genética não ajudava e, para tentar mudar um pouco isso, começamos a malhar pesado aos 17 anos. Mas, conforme começamos a modelar nosso corpo, percebemos que a nossa magreza tinha sua beleza, e o complexo foi ficando para trás”, relembra Adriana.

 

A decisão por competir

A decisão de competir

Mas foi somente em 2015 que as irmãs, já mulheres feitas e mamães, resolveram entrar para o mundo das competições de fisiculturismo.

Atualmente, cada uma das trigêmeas mora em um país, mas a paixão pelo mundo fitness fez com que as três irmãs se unissem na cidade de São Paulo para participarem da mesma competição – disputando entre si e com as demais candidatas.

“Foi uma emoção única e tivemos um resultado muito bacana com o primeiro, segundo e quarto lugares”, conta Adriana que é a única das irmãs que reside no Brasil.

Depois dessa estreia, o vírus da competição pegou de vez a Adriana… E eu sei bem ao que ela se refere. Afinal eu também fiz o meu primeiro WBFF pensando que seria minha única competição e não parei mais, né?rs

E agora em 2017, a Adri acabou se consagrando campeã paulista de fisiculturismo na categoria dela, além de ser top 3 na categoria máster!

 

Treino pesado, dieta e filho

Como conciliar a rotina de atleta com a vida pessoal

A partir do momento em que começou a competir, a Adriana intensificou os treinamentos e vive também em uma dieta rigorosa. Ela me contou que treina pernas, três vezes por semana, e braços, duas vezes, e tem o acompanhamento de um coach.

No prato, muitos legumes, verduras, frutas e proteínas com ômega 3 e muita suplementação para ganhar massa magra. “Ganhar massa não é fácil, mas com dieta correta, treino e muita força de vontade é possível chegar lá”, ela comenta.

Além do amor pelo fisiculturismo e da história de bullying, a Adri e eu ainda temos em comum a capacidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo: tem uma empresa de doces (a tentação dentro de casa! Rs) e é mãe de dois meninos.

Ela me disse que aproveita para malhar,  quando os filhos estão na escola,  mostrando o que eu sempre digo: o dia de todo mundo tem 24 horas, mas é a forma como a gente lida com elas que nos possibilita fazer mais ou menos projetos em nossas vidas.

 

Convite para o WBFF

Atleta WBFF

Apaixonada pelo esporte, claro que a Adriana já conhece o WBFF e,segundo ela me confessou, está nos planos participar da competição. “Eu tinha ideia de ir para Londres este ano, mas eu havia me comprometido em fazer uma participação em uma peça beneficente para crianças com câncer, e as datas coincidiram.”

Mas, quando eu a falei que o WBFF desembarca no Brasil no mês que vem e que eu sou embaixadora da competição, como já comentei com vocês no artigo Mais glamoroso evento fitness do mundo, WBFF, chega ao Brasil, ela ficou interessada.

“Quem sabe não é minha chance para estrear.”

Então, venha, Adriana, o convite está feito, hein?

 

Nada de bullying

Nada de bullying

Voltando ao assunto com que comecei este texto, é por histórias como a da Adriana e suas irmãs que, assim como fiz no meu livro, sempre que posso, falo sobre bullying, porque eu acredito que este tema deva ser cada vez mais discutido e debatido.

E fico feliz de ver o tema sendo retratado em séries, livros e reportagens, pois creio que só a conscientização pode ajudar a terminarmos com este incrível mal.

Mais do que uma simples brincadeira de criança, o bullying pode levar as pessoas à depressão e, no extremo, ao suicídio! Por isso, devemos tratar o tema com todo o cuidado possível e com toda a seriedade que ele exige!

Afinal, esses males são verdadeiras epidemias globais.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo. Em 10 anos, de 2005 a 2015, este número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%.

No Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior incidência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

E, se os números da depressão são assustadores, os de suicídio não ficam atrás. Em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes, em 2002, para 5,6 em 2014 – um aumento de quase 10%.

A Adri e as irmãs tinham uma à outra, o apoio da família e mostraram que o bullying pode ser superado, mas, infelizmente, não é sempre que as histórias têm finais felizes assim.

Por isso, é minha missão sempre falar sobre o assunto, assim com a Adri faz com os filhotes! “Eu converso direto com meus meninos sobre isso e mostro para eles que esse tipo de atitude não é nada legal”, comentou a Adriana.

E, quando eu lhe perguntei que conselho daria para quem passa por esse problema, ela respondeu: “Levante a cabeça e acredite em você! Todos nós somos lindos como Deus nos fez. Acredite em seu potencial que, com força de vontade e dedicação, tudo é possível. Ninguém pode tirar os seus sonhos”.

Concordo e assino embaixo, Adriana!

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