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Autoconhecimento

O despertar de Hollywood para o autoconhecimento

Os filmes infantis e para o público jovem despertam para a importância do autoconhecimento, e eu mostro vários exemplos disso para vocês.

 14 de janeiro de 2017
7 min de leitura

O despertar de Hollywood

Adoro filmes de animação e de heróis! Sempre cheios de aventura, fantasia, mas, principalmente, de lições de vida! Como é gostoso passar duas horas totalmente envolta em um mundo de ficção, mas que traz também tantos ensinamentos para nossas vidas! E, de um bom tempo para cá, tenho observado com felicidade que as animações e os filmes de super-heróis estão absorvendo conceitos que tanto defendo e admiro, que é a importância do autoconhecimento.

 

A força das mulheres

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Lá pelo final da década de 1990 e começo dos anos 2000, já havia sentido uma guinada dos filmes de animação, principalmente da Disney, no que se refere ao papel da mulher. As histórias foram intensificando as personagens femininas independentes, deixando para trás o tempo da princesa frágil que precisava de um príncipe em um cavalo branco para salvá-la. Exemplos de animações com personagens femininos fortes e que são protagonistas, não somente da história, mas das suas vidas, são vários: Pocahontas, Mulan, A Pequena Sereia, A Bela e a Fera, Enrolados, Valente,  até o ápice com Frozen, um filme cujo foco é, essencialmente, em duas irmãs com duas visões distintas sobre a mulher: uma que almeja se casar (a visão antiquada da Disney) e a  outra que sabe que o amor não é tão simples assim.

E, após ter dado essa guinada e retratado o empoderamento feminino, percebo que agora os estúdios despertaram para a o autoconhecimento e a necessidade de reforçar conceitos como diversidade e individualidade.

 

As emoções de divertidamente

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O filme mais emblemático nesse sentido é o espetacular Divertida Mente! Se você ainda não viu, para tudo e assista já! A animação conta a historia de Riley, uma adolescente que vê sua vida passar por profundas mudanças quando seus pais decidem sair de uma cidade interiorana para viver na grande São Francisco. Mas a perspectiva do filme é a das emoções que se passam dentro da cabeça da menina e a luta entre Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho pelo controle dos sentimentos dela , e  que fazem o filme ser  verdadeiramente didático e lúdico, uma aula de como eles agem em nossa mente!

Há também o delicioso Zootopia, que eu adoro, e me identifico super com a protagonista, a Judy Hopps!! Gente, eu sou a própria Judy Hopps. Rs. Ela é uma ousada coelhinha que decide, desde muito pequena, que não quer ser mais uma plantadora de cenouras, mas que quer tornar o mundo melhor, tornando-se a primeira coelha policial de Zootopia. Para realizar seu sonho, Judy enfrenta muitos obstáculos, rompendo preconceitos, quebrando barreiras e nadando contra a corrente.

 

Os heróis no divã

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E não são somente as animações que passam por um momento de despertar para a importância das emoções, da individualidade e do autoconhecimento em nossas vidas. No primeiro Batman de Christopher Nolan, vemos Bruce Wayne ir a uma espécie de mosteiro na Coreia do Sul onde ele aprende não somente técnicas de lutas marciais, mas, principalmente, como dominar sua mente e usar emoções como medo e raiva a seu favor!

Recentemente, o espetacular Demolidor, série da Netflix que relata a história do personagem do universo Marvel, Matthew “Matt” Murdock, um garoto que perde a visão, mas que treinado consegue desenvolver habilidades extraordinárias para combater o crime, também reforça o quanto as capacidades mentais do protagonista são tão ou mais importantes que as suas habilidades físicas.

Mas nenhum filme levou tão ao centro da trama o autoconhecimento quanto o recente Dr. Estranho, também outro herói do universo Marvel.

Stephen Strange é, desde muito jovem, um dos mais conceituados – e também arrogantes – neurocirurgiões de Nova Iorque. A sua vida muda quando, após um acidente, fica com as mãos debilitadas. Apesar de todas as tentativas de recuperação, percebe que é incapaz de readquirir a perícia necessária para continuar a operar. É então que, num último esforço para encontrar a cura, viaja até aos Himalaias em busca da Anciã, uma enigmática mulher, famosa por suas terapias invulgares. Ela lhe explica que o mundo que todos conhecemos não passa de uma entre muitas realidades possíveis, e que ele possui uma energia interior capaz de ajudar milhares de seres em sofrimento. Strange descobre, então, um universo multidimensional onde forças opostas estão em luta constante. Durante um longo e intenso treino psíquico, vai descobrir dentro de si múltiplos poderes que o ajudarão na sua luta contra o Mal. E, nesse estranho e doloroso caminho de autoconhecimento, vai também encontrar a redenção.

Claro que o filme trabalha com inúmeras metáforas, mas o centro das atenções está sempre nessa jornada de autoconhecimento que o personagem principal faz na busca por recuperar suas habilidades e, fundamentalmente, encontrar um novo propósito em sua vida que, em antagonismo com uma vida egoísta de antes do acidente, será o de ajudar o mundo em sua luta entre boas e más energias!

 

O despertar de Hollywood no mundo do autoconhecimento

 

Uma oportunidade ímpar

E ao ver todos esses maravilhosos exemplos de filme de massa,  voltados aos públicos infantil e jovem  percebo o quanto essa geração está tendo a oportunidade desde cedo de lidar com temas tão significativos . Isso certamente a ajudará a compreender melhor o mundo a sua volta e a buscar o autoconhecimento. O que me faz acreditar que estamos, sim,  em uma era do despertar das pessoas para a importância do indivíduo, da individualidade, do talento, da nossa força interior e de uma nova forma de ser!

Uma forma de ser mais única, menos presa a padrões e que dê valor mais ao ser do que ao ter. É por isso que sou uma eterna otimista e acredito que estamos, de fato, caminhando sempre para frente e para um mundo melhor.

Por mais que diariamente sejamos bombardeados com notícias ruins, as taxas de pobreza e doenças mortais caíram, enquanto as de alfabetização e de mulheres no poder aumentaram: enfim, em muitas métricas, o mundo está melhor do que era no passado. E, para que ele fique cada dia mais justo, só depende de nós!

É por isso que sigo firme no meu propósito de compartilhar coisas boas, iniciativas do bem e, acima de tudo, de inspirar e empoderar pessoas para que realizem seus sonhos e vivam uma vida com mais propósito.

Em que etapa você está desta jornada? O que você tem feito para viver uma vida mais plena?

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Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci