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Autoconhecimento

Você é um viciado em celular?

Como retomar o controle sobre o celular e sobre sua vida!

 9 de novembro de 2018
9 min de leitura

Vicio no celular

Responda com sinceridade! Você tem controle do uso do seu celular ou acha que vem abusando nas horas em que passa em frente à telinha? Esta é uma pergunta que há uns tempos fiz a mim mesma e, ao perceber que estava passando dos limites, resolvi mudar alguns hábitos que realmente mudaram a minha relação com meu smartphone e, por que não dizer, com aqueles ao meu redor e com a vida!

E são estes hábitos que quero compartilhar com vocês, para que possamos nos conectar mais com as pessoas e menos com as máquinas…Ficou interessado? Então, é só conferir!

O celular está no controle?  

O seu celular comanda a sua vida?

Claro que o celular é altamente necessário em nossas vidas! Desde apontar o trajeto mais curto até nos conectarmos com clientes, fornecedores e amigos, é quase impossível imaginarmos a vida sem ele!

Mas, se você gostaria de ser mais inteligente, mais empático e ter melhores relacionamentos, eu lhe diria que dar um basta no excesso do uso do celular pode ser a solução!

Eu garanto, não é um exagero. Você pode ter todas essas coisas: é  só retomar o controle do uso do seusmartphone!

Não acredita? Uma nova pesquisa descobriu que nossa capacidade de memória, capacidade de processar dados e inteligência geral melhoram significativamente quando nosso celular está completamente fora de vista – em uma bolsa ou em outra sala. Acha que colocar no modo silencioso, com a tela virada para baixo, resolverá o problema? Não! Infelizmente, não! Estudos confirmam que, por incrível que possa parecer, a mera visão do telefone diminui seus recursos cognitivos.

Além disso, um telefone visível em um ambiente social diminui consideravelmente a profundidade da interação, criando trocas sociais mais superficiais.

Está vendo? Quando falo em retomar o controle do uso do celular, estou indo muito além de maneirar no rolar obsessivo pelas mídias sociais!Afinal, só de ver o dispositivo ali pertinho já faz com que nosso cérebro esteja desviando a atenção!

A Nomofobia

Nomofobia - Medo de ficar sem celular

A verdade é que estamos tão obcecados pelo nosso celular que há agora uma palavra para descrever o medo de ficar sem ele:  “Nomofobia”.

E sabe por que isso acontece? O ser humano sempre teve o “medo de estar perdendo algo”… É um hábito que carregamos conosco desde sempre, mas, com o advento dos celulares e do mundo de informações ao alcance dos dedos, esta sensação passa a ser uma constante em nossas vidas. Ou seja, ao não checarmos o celular por cerca de 85  vezes (sim, esta é a média com  que checamos nossos celulares por dia) temos a ideia de que algo muito importante ocorreu e que estamos por fora… Logo, cada vez mais ficamos ansiosos e recorremos  mais e mais vezes ao uso do celular, criando um verdadeiro vício!

Sintomas da Nomofobia

Este tipo de uso pesado, em longo prazo, tem um preço. Os estudos ligam a problemas na mão, pescoço e costas, ansiedade, depressão, sono interrompido, diminuição da atenção, comportamento antissocial, empatia diminuída… E a lista só continua…

Então, o que devemos fazer sobre esse tsunami de smartphones que está causando estragos em nossas vidas, corpos, cérebros e relacionamentos?

Existem dois caminhos para melhorar essa situação. O primeiro envolve a própria tecnologia. Felizmente, algumas empresas estão reconhecendo a natureza viciante de suas plataformas e buscando soluções.

Recentemente, os investidores pediram à Apple para descobrir como ajudar os pais a limitarem o uso de iPhones e iPads por seus filhos, citando preocupações com a “saúde de longo prazo”. Ex-funcionários do Facebook estão falando sobre o poder de sua plataforma e suas preocupações sobre como isso afeta não só suas vidas, mas também as de seus filhos.

Mas, em vez de  esperar que a solução venha das empresas (que, vamos combinar, não tem assim tanto interesse em coibir a nossa dependência ao que eles mesmo criaram), temos nós mesmos que buscar a solução! E é isto que vou lhe sugerir!

Crie limites e implemente regras

Primeiro, deixe-me ser clara: tomar o controle sobre o uso não significa que você vai jogar seu smartphone no oceano ou destruí-lo. Até porque, quero que continue me acompanhando aqui no blog e nas redes… rs.

Em vez disso, comece com o reconhecimento do seu uso exagerado atual e aceite a alteração de seus hábitos e práticas, por meio de etapas de ação e aplicação.

Ninguém está dizendo para você parar de usar a tecnologia ou sair de todas as mídias sociais, ou parar de usar os milhões de ferramentas úteis para aumentar a funcionalidade, a eficiência e o conhecimento agora disponíveis na ponta dos dedos.

Mas sim, propondo uma relação mais feliz e saudável com a tecnologia.

Selecione as redes sociais

Será mesmo que precisamos estar em todas as redes sociais e tê-las todas no smartphone? No meu celular, tenho Facebook e Instagram e as demais só acesso via computador. Escolha as que mais usa e, após fazer esta seleção, limite o tempo de uso! Os aparelhos da Apple já contam com a função “Limite de Uso” e é uma boa forma de acender um farol vermelho para quando estamos exagerando.

Desative as notificações

Se excluir alguns aplicativos for muito radical para você, desative, no mínimo, as notificações não essenciais: Todas as notificações de mídia social, notificações de notícias, jogos, etc. Eu também recomendo configurar seu aplicativo de e-mail do telefone para atualizar manualmente – não automaticamente. O objetivo aqui é que você tenha que chegar a essas coisas e não que  elas procurem você.

Guarde o seu telefone quando socializar

Este é um grande problema. Há muito tempo, tenho uma regra: meu telefone fica na minha bolsa e fora de vista quando estou com outras pessoas. Às vezes, pego o telefone para mostrar a uma pessoa uma foto ou procurar rapidamente algo, mas depois, volta ao seu lugar – na minha bolsa. Afinal, como já falamos, simplesmente tê-lo virado para baixo na mesa não é suficiente. Ele precisa estar fora de vista. Claro que eu peço para que as pessoas que estão comigo façam o mesmo, e eu agradeço muito quando o fazem e, definitivamente, noto a diferença na profundidade de nossa conexão e comunicação, quando o telefone também é guardado. Sua presença completa é o maior presente que você pode dar a alguém na era da tecnologia e da distração.

Desligue seu telefone durante a noite e coloque-o fora de vista

Desligar o telefone dá um aviso ao seu cérebro  que ele também está de folga por responder ao mundo. Tem um grande efeito mental comprovado por estudos e pesquisas. Além disso, a cor da tela do celular tem o mesmo brilho do sol, e o seu cérebro não entende que está na hora de dormir!

Tenha sempre um livro em mãos

Sabe aquele momento na sala de espera do consultório, no transporte público, em que você pega o celular porque não tem nada para fazer! Troque pela leitura em um bom e velho livro de papel! Você vai transformar o tempo de inatividade em um tempo de leitura luxuoso, evitando qualquer um dos comportamentos de rolagem descuidados nos quais sempre caímos em tentação.

Estabeleça regras de conexão

Tire momentos para total desconexão. Pode ser enquanto se exercita na academia, brinca com seu filho ou até mesmo em casa, quando quer ficar sem fazer nada! Lembre-se: ninguém é tão importante que não possa ficar off-line pelo menos algumas horas no dia!

A tecnologia é algo maravilhoso, mas precisamos ainda aprender a lidar com ela! E à medida que mais dados se acumulam, espero que as pessoas retomem o controle e projetem as vidas que desejam para si mesmas, empurrando conscientemente para trás os hábitos destrutivos e mentalidades que desgastam nossa qualidade de vida e capacidade de conexão.

Existe vida além do celular, mas vivenciar sua riqueza requer atenção plena e disciplina. Então, se o seu objetivo é estar mais significativamente conectado, emitir mais empatia ou ser mais inteligente, o segredo está em silenciar e guardar o seu telefone. Vamos tentar?

Esses sintomas podem indicar que você está viciado no celular:

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Busque seu propósito. Deixe seu legado.

Rê Spallicci