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Autoconhecimento

Uma busca constante pelo autoconhecimento

Na busca constante pelo autoconhecimento, Renata Spallicci já utilizou diversas terapias e métodos. Conheça um pouco acerca desse mergulho profundo que ela faz em seu eu interior.

 4 de abril de 2016
9 min de leitura

Uma busca constante pelo autoconhecimento

Não é de hoje que a procura pelo autoconhecimento faz parte da minha vida. Costumo brincar que essa característica veio de fábrica comigo. Desde menina sempre gostei de ficar um pouco no meu canto, conversando comigo mesma e buscando me compreender cada dia melhor.

Ao longo da minha vida, fui aprendendo que não há verdades absolutas, não existem respostas prontas para nossas buscas espirituais e de autoconhecimento. O que devemos buscar, sempre, são as melhores perguntas que podemos fazer a nós mesmas na procura por uma vida verdadeira e completa.

Afinal, eu acredito que só conseguimos ter, realmente, uma vida plena quando nos conhecemos profundamente e, principalmente, entendemos e descobrimos nosso propósito de vida.

Novas ferramentas

Como disse, essa busca foi algo que sempre marcou minha trajetória. Mas foi no ano de 2009 que essa procura tornou-se mais intensa em minha vida. Se até aquele momento eu fazia viagens interiores mais com minhas próprias “ferramentas” de autoconhecimento,  naquele período senti necessidade de me aprofundar um pouco mais e, para isso, fui em busca de algumas técnicas e terapias que pudessem me ajudar nesse objetivo.

O primeiro passo que dei nesse sentido foi fazendo terapia cognitiva comportamental, uma linha de psicoterapia proposta e desenvolvida pelo psicólogo Aaron Beck, que envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudar padrões de pensamento.  Foi uma experiência bacana, que me ensinou algumas coisas, mas com a qual eu tive um crescimento e desenvolvimento abaixo das minhas expectativas.

Após a terapia, eu me senti preparada para me aprofundar mais nessa busca pelo autoconhecimento e foi nesse momento que eu conheci o Processo Hoffman, que considero um divisor nesse meu “mergulho interior”.

Criado nos Estados Unidos, em 1967, o Processo Hoffman da Quadrinidade é uma metodologia desenvolvida por Bob Hoffman, um autodidata com amplo conhecimento da natureza humana. O processo combina diversas técnicas terapêuticas e tem por objetivo proporcionar uma reeducação emocional, baseada no  autoconhecimento. Ele fala em quadrinidade, porque trabalha com as quatro dimensões da inteligência ou do “ser”:  intelectual, emocional, intuitivo, corporal/espiritual – sem conotação religiosa.

Para me submeter ao  Processo Hoffman, passei oito dias totalmente isolada do mundo, em um sítio no interior de São Paulo, sem celular e sem contato com nada que não as práticas intensivas que visam proporcionar o nosso autoconhecimento. É impressionante como, em momentos assim, percebemos o quanto a noção de tempo é relativa. Oito dias na nossa rotina não representam quase nada em nossas vidas, mas oito dias totalmente focados em um único propósito, como acontece com esse processo, possibilitam mudanças profundas.

Senti que dei um salto quântico com essa terapia, mudando do estado que eu me encontrava para aquilo que me tornei depois desse trabalho. Consegui entender muitas questões da minha relação familiar com meu pai e minha mãe, as cargas emocionais que carrego de cada um deles em mim… enfim, foi um expressivo despertar emocional, de clareza e entendimento do mundo. Essa experiência me ajudou demais a me tornar quem sou hoje. O Processo Hoffman me abriu muitas oportunidades de pontos a serem trabalhados por mim. Após essa jornada inicial, continuei por algum tempo fazendo uma terapia de acompanhamento que me auxiliou nessa nova visão de mundo.

A partir desse despertar, comecei a me interessar por diversos outros métodos que nos levam ao autoconhecimento.

Fiz quatro processos de coaching e dois de mentoring.  Enquanto o coaching é utilizado para denominar um processo de aceleração de resultados no qual o profissional forma parceria com uma espécie de conselheiro (o treinador), com o propósito de identificar e alcançar metas em sua carreira e vida, o mentoring  é uma espécie de tutoria mediante a qual um profissional mais velho e mais experiente orienta e compartilha experiências e conhecimentos  com profissionais mais jovens. O objetivo é passar orientações e conselhos nos âmbitos profissional e pessoal visando o desenvolvimento de suas carreiras. Ambos processos foram muito importante para mim, principalmente no âmbito profissional.

Outra terapia que fiz foi a Dianética. Essa técnica tem como teoria central que a fonte das doenças mentais e físicas são cicatrizes chamadas de “engramas”. Elas se fixam no subconsciente das pessoas, a “mente reativa”, e viram obstáculos para uma vida plena. Para se livrar desses traumas e aproveitar 100% da sua capacidade, as pessoas devem passar por audições, espécie de terapia regressiva, para se tornarem “limpas” – seres iluminadas. É um processo bastante complexo, mas que nos ajuda muito na questão de nos livrarmos de alguns padrões que acabam limitando nosso crescimento.

Curiosa e ávida por conhecimento, experimentei também a Mesa Radiônica, cujo principal efeito, além da cura, é a harmonização das energias. Essa teoria acredita que muitas pessoas estão carregadas, com os chakras totalmente fechados, e por isso suas vidas ficam estagnadas. Nada funciona ou dá certo. É como se tivessem caído em um buraco negro sem volta. Através da mesa radiônica, é possível equilibrar os pontos, apagar registros do passado, ou diminuir seus efeitos no presente, os quais,  tantas vezes, prejudicam um relacionamento,  em virtude  de um ciúme exagerado, falta de foco ou amor próprio.

As terapias de constelação familiar e constelação profissional também me interessaram. Essa terapias, criadas pelo alemão Bert Hellinger, olham para as diversas consciências pelas quais somos tomados, mostrando o quanto somos parte de um todo de um sistema, de uma família e o quanto fazer parte dessas “constelações” influenciam nossas vida e o amadurecimento de alma. São terapias altamente emocionais e que trabalham aspectos fundamentais em nossas vidas e proporcionam grandes reflexões.

Movimentações energéticas

Com o tempo, fui percebendo que todos aqueles processos que trabalham mais voltados às energias, são os que fazem mais sentido para mim. Eu acredito que o universo é movido por uma série de movimentações energéticas, e são elas que orquestram tudo o que acontece na Terra. Por isso, recentemente, tenho me interessado muito pela terapia quântica, uma técnica revolucionária de tratamento energético por meio do pensamento que utiliza comandos quânticos estruturados logicamente para atingir determinados objetivos, tanto no corpo físico, quanto no emocional, mental e espiritual.

Há cerca de um ano, fiz também psicanálise,  que foi um processo bastante interessante e me levou a trabalhar mais alguns pontos na minha trajetória do autoconhecimento.

Continuo e continuarei sempre buscando o meu caminho. Hoje, mais habilitada,  e mediante  essas diversas experiências, consigo trabalhar mais na minha concha, observando, escutando, analisando minhas atitudes e me conhecendo cada dia mais e mais.

A lição que aprendi com todas essas ferramentas é que não existe um processo pronto, um guia que nos traga respostas. Todas essas técnicas são antes de tudo canais que possibilitam que nós mesmos trilhemos nosso caminho. Mais do que buscar respostas, devemos aprender as perguntas que nos levam para o nosso melhor percurso.

Por isso, se você também tem essa curiosidade sobre a vida, sobre você mesmo, experimente, busque conhecimento e, principalmente, não se limite a uma visão única da vida.

Não existe verdade absoluta e estamos aprendendo e crescendo a cada dia.  Hoje, vejo o quanto o autoconhecimento me ajuda no esporte, no meu trabalho de executiva e na minha vida profissional. Por me conhecer bem, antecipo problemas que terei, aceito que em algumas semanas do mês serei menos produtiva que em outras, enfim, vivo melhor comigo mesmo e com aqueles que estão ao meu redor.

É um caminho que nunca termina, mas que, para percorrê-lo, é sempre preciso dar o primeiro passo. Que tal começar hoje mesmo essa jornada?

Gratidão de ter vocês comigo!

Renata Spallicci

 

Quer saber a diferença entre coaching e mentoring? Leia aqui

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Rê Spallicci