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Produtividade

Nova rede social foca na exclusividade

Clubhouse: como funciona a nova rede social com toque de exclusividade

 11 de março de 2021
5 min de leitura

Nova rede social foca na exclusividade

Você já ouviu falar de Clubhouse? Ainda não? Então, não se sinta tão desatualizado. Essa é uma nova rede social de conversas por voz, em fase de testes, e que, por enquanto, está disponível apenas para os usuários de iPhone. Eu estou adorando e já participei de vários bate-papos, entre eles, um nesta semana, voltado ao Dia Internacional da Mulher com algumas profissionais que trabalham com eventos.

E por que é considerada tão exclusiva?

E por que é considerada tão exclusiva?

Diferentemente de outras redes sociais, para criar uma conta é necessário receber o convite de um contato que já use o Clubhouse, o que dificulta o acesso ao aplicativo, pois o número de convites é limitado.

Outro destaque da plataforma é o contato próximo com famosos, que acabam se reunindo com outras celebridades, influenciadores e também pessoas anônimas para discutirem os mais variados assuntos. Lá fora, o app chamou a atenção de personalidades como Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, e Elon Musk, dono da Tesla e da Space X. Por aqui, já participaram famosos como Tatá Werneck, Luciano Huck e José Bonifácio de Oliveira, o Boninho.

Como funciona

A plataforma conta com salas virtuais nas quais  os participantes só se comunicam por áudio. O aplicativo não permite o envio de fotos ou mensagens de texto nas conversas. Os bate-papos só ocorrem ao vivo, mas nem todos podem falar. Há um moderador que é o responsável pela sala e seleciona os participantes que podem fazer perguntas ou emitir opiniões. 

A rede social permite criar grupos ou eventos para discutir um tema específico, que é sugerido ao usuário baseado nos tópicos de interesse selecionados ao criar o perfil. O limite máximo de membros para o bate-papo é de cinco mil participantes, e os clubes não ficam mais visíveis na plataforma assim que os chats ao vivo terminam.

Um dos aspectos  muito bacana no Clubhouse é que, pelo menos agora, enquanto não há tantos participantes, a possibilidade de você entrar numa sala e conversar com profissionais renomados sobre temas que te interessam é muito grande, algo que provavelmente não ocorrerá, assim que  mais pessoas tiverem acesso ao aplicativo.

Por outro lado, como tudo acontece ao vivo e nada fica gravado, é recomendável que os usuários fiquem atentos para não desenvolverem a FOMO, sigla em inglês de “Fear of Missing Out”, o que, em português, significa o medo de perder algo. A síndrome, descrita pela primeira vez em 2000, é um dos principais sintomas de que alguém está viciado em redes sociais e pode causar desde angústia e mau humor até depressão. A FOMO é mais comum entre os que atuam como criadores de conteúdo, estão ligados a alguma marca e usam as redes sociais para impulsionar os próprios negócios (veja a matéria que publiquei no blog no link ao final deste texto).

No entanto, se usada com bom senso, esta nova rede social pode trazer conteúdos e discussões muito produtivos sobre os temas mais diversos. Um ponto bastante positivo do aplicativo é que as conversas fluem bem, pois, como não necessitam de câmera, as pessoas se sentem mais à vontade. 

Concorrência

No início deste mês, a rede de conversas por voz ganhou um concorrente para usuários do Android, o Spaces, lançado pelo Twitter. Ainda em fase beta, o app começou a ser liberado no dia 2 de março, mas, por enquanto, os usuários ainda não podem criar as próprias salas, e é preciso usar as oferecidas pelo próprio Spaces durante o período de testes.    

O Spaces está sendo liberado gradualmente para usuários de Android que têm a versão mais atual do Twitter. O recurso está sendo desenvolvido também para o sistema operacional da Apple, mas ainda não há previsão de quando deve ser lançado para usuários do iOS.

Elitização

Acredito que um dos pontos de atenção que devemos ter em relação à nova moda entre as redes sociais é não deixar de lado a questão da inclusão. Pelo menos até agora, nesta fase inicial, aparentemente o Clubhouse tem sido vastamente povoado por elites de áreas específicas, principalmente voltadas à tecnologia, além de celebridades e influenciadores. Levando em conta que, por enquanto, apenas usuários de iPhone têm acesso ao app, estamos falando de um universo muito restrito.

Entretanto, acho que vale muito a pena conhecer e aproveitar esse espaço para adquirir e trocar conhecimentos. Afinal, as redes sociais oferecem recursos incríveis que, se bem aproveitados, podem ampliar, e muito, a nossa visão de mundo, nossas descobertas e aprendizados.

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Rê Spallicci