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ESG

Pessoas que transformam: Os social makers e as mudanças de que o mundo precisa

Empoderados pela tecnologia e pelo poder das redes, podemos fazer muito mais por um mundo melhor?

 16 de maio de 2019
5 min de leitura

Social makers - Como eles ajudam o mundo!

Vocês sabem que sempre me interessei em apoiar iniciativas, ONGs e causas que tenham aderência ao meu propósito de vida.

Neste sentido, sou criadora do Fit do Bem, um movimento que reúne pessoas que compartilham de um estilo de vida saudável em prol de ações sociais, entre outras iniciativas que apoio e de que participo.

Isso porque acredito que esses trabalhos podem realmente fazer a diferença e criar um mundo melhor para todos nós! Desde o início do meu blog, sempre fiz questão de dar visibilidade a essas iniciativas, e agora, reforçando este meu compromisso, crio uma série de matérias para falar sobre pessoas e entidades que realmente estão transformando o mundo, por meio de suas ações.

Do mundo corporativo para o empreendedorismo social

Para abrir esta série, conversei com Marcelo Alonso, que tem uma história superbacana e que foi a pessoa que me apresentou ao termo que adorei e que utilizei no título deste artigo: social maker.

Após três décadas atuando como executivo do mundo corporativo, em empresas como Natura, Vivo, Credicard e Dow, Marcelo resolveu utilizar todo o seu  conhecimento para atuar como empreendedor social, principalmente por notar uma mudança na postura das pessoas e empresas em relação às  práticas de voluntariado e  como passaram a enxergá-las. “O voluntariado, da maneira como conhecemos, está com os dias contados. Calma! Não estou profetizando o final da solidariedade. Antes, estou falando sobre uma passagem para  outro patamar de atuação em prol da coletividade; uma atuação fortemente qualificada e ancorada por um fazer social em rede”, explica.

De acordo com ele, as pessoas que lutam para deixar o país e a sociedade melhores deixaram de ser simplesmente voluntários para se tornarem o que se denominou de social makers. “Esses verdadeiros fazedores sociais são mentores ou empreendem negócios de impacto social e ambiental, atuam como empreendedores sociais, fundam e dirigem organizações sociais ou encontram nos institutos e fundações um fértil campo profissional. Mas não é só: na iniciativa privada, administram empresas e marcas que se posicionam autenticamente diante de causas. E o que é mais promissor: pessoas comuns, como eu e você, que compreendem que conectadas pela tecnologia têm o poder de mobilizar pessoas e recursos em benefício da sociedade. O que estou dizendo é que atuar com propósito de mudar o mundo se tornou missão de vida e profissão de muitos de nós.”

E o próprio Marcelo é um exemplo disso. Ao deixar sua carreira no mercado corporativo, passou a ser curador do Festival de Inovação e Impacto Social (FIIS), criado em parceria com a Folha de S. Paulo e outras entidades, um expressivo fórum de discussão sobre a inovação social no Brasil, reunindo em um só lugar líderes de organizações do terceiro setor, negócios sociais, investidores ligados a finanças sociais e renomadas  empresas.

Com sua primeira edição realizada em Poços de Caldas (MG), em novembro do ano passado, o evento reuniu executivos, gestores da iniciativa privada, captadores de recursos, investidores, agentes públicos, comunicadores, estudantes e artistas. Todos com o objetivo de debater ideias transformadoras em rede, apresentar negócios disruptivos, promover mudanças sistêmicas, gerar resultados inspiradores e causar impacto positivo na sociedade.

“As pessoas estão cientes de que, por meio das redes, podemos fazer muito mais e entendem que essas formas de organização nos permitem realizar. Elas não querem mais ser orientadas sobre onde e como devem praticar uma ação de voluntariado, mas sim, procuram aderir às causas que sejam aderentes aos seus propósitos. Logo, deixamos de ter o voluntário para ter o realizador social.”

E muitos são os exemplos de realizadores sociais que quero apresentar para vocês aqui no meu blog. Porque creio fortemente que, ao divulgar e dar visibilidade a boas iniciativas, não apenas amplificaremos o potencial dessas ações, mas também inspiraremos  novos social makers. E, assim,vamos construindo uma verdadeira corrente do bem.

“Este é um caminho sem volta, e a segunda edição do FIIS, que acontecerá novamente em novembro, pretende mostrar que a iniciativa social pode ser algo pop! Todos nós podemos contribuir e sermos social makers.”

No momento em que o País parece flertar com retrocessos na área ambiental, de equidade de gêneros e tantas outras, observamos que muitas iniciativas vão além dos governos, e que o mundo dos realizadores sociais continua a sua trajetória rumo à transformação do planeta em um lugar melhor.

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Rê Spallicci