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Autoconhecimento

Sincronicidade – abra-se para as “coincidências” da vida

Entenda como podemos ajudar para que os acontecimentos fortuitos aconteçam para o nosso bem

 19 de março de 2019
6 min de leitura

Renata Spallicci e noivo Marcelo Toledo falam sobre sincronicidade

Eu reencontrei o Marcelo Toledo, meu noivo, há três anos! Por coincidência, nós estudamos na mesma escola quando jovens, na mesma série, porém em classes diferentes. Depois, também por coincidência, mudamos de escola (a mesma novamente) no mesmo ano, e, de novo, em classes separadas.

Após o período escolar, seguimos nossas vidas sem nunca mais saber um do outro, mas morando ambos no mesmo bairro. Há três anos, uma turma de amigos da escola, em comum, promoveu um encontro, e nós, finalmente, nos reencontramos e verdadeiramente nos conhecemos… O resto, vocês já sabem: nos apaixonamos e hoje somos noivos! Ah… Nossas mães têm o mesmo nome e ambas são baianas!

Será que podemos reputar todos estes acontecimento à coincidência? Ou será que a nossa vida é cercada de casos de sincronicidade ou serendipidade?

O que é serendipidade?

Renata Spallicci e noivo Marcelo Toledo

Serendipidade é uma palavra que indica um acontecimento fortuito que termina com um final feliz. O famoso acaso, ou como alguns preferem chamar, sorte.

A palavra serendipidade se originou no  conto “Os Três Príncipes de Serendip”, que fascinou o escritor inglês Horace Walpole. Nele eram relatadas as aventuras de três príncipes, dotados de um estranho dom que lhes permitia realizar descobertas por acidente e sagacidade. Por causa do nome da cidade, ele cunhou o termo “serendipidade”.

Na história, muitos são os relatos de grandes descobertas que surgiram da “serendipidade”. Lembram-se da maçã que caiu na cabeça de Newton e o fez formular a teoria da gravidade? Bom, parece que a história não é exatamente assim, e que, na verdade, a maçã não caiu propriamente sobre a cabeça de Newton, mas sim, sob seu ângulo de visão. Mas, de uma forma ou outra, a  observação de um caso fortuito  o fez despertar para a formulação.

Temos ainda a história da invenção do micro-ondas. No ano de 1945, Percy Spencer, que trabalhava para a empresa Raytheon, fazia experiências com um novo tubo de vácuo, chamado de Magnétron, e, ao adentrar o local do experimento, percebeu que a barra de chocolate que estava em seu bolso começara a derreter. Observando isso, tentou um experimento com milho de pipoca e, quando o milho começou a estourar, viu seu potencial de uso.

E há uma infinidade de outras histórias assim… Mas será, então, que tudo é fruto do acaso e da tal serendipidade?

Esteja sempre aberto

Toda e qualquer pessoa que visse uma maçã caindo em seu ângulo de visão formularia a teoria da gravidade? Se Percy Spencer não fosse um cientista atento, será que o derretimento da barra de chocolate em seu bolso teria significado algo?

Em suma, se há a serendipidade, e ela fatalmente existe, o que diferencia aqueles que têm “sorte” dos que não a têm é algo chamado de talento e trabalho! Isso mesmo!Por mais que vários acontecimentos pareçam estar ligados à sorte, certamente foi o conhecimento, a observação sagaz e o estar aberto para o novo que levaram aquela coincidência a um final feliz.

Muitas vezes, os acontecimentos passam por nós, mas, por não estarmos abertos e preparados, não aproveitamos a oportunidade de promovermos transformações em nossas vidas.

Por mais que a sorte conte, abraçar a diversidade do mundo e ter conhecimento para colocar à prova aquele acontecimento fortuito é o que vai trazer grandes descobertas.

Tenho certeza de que, se você fizer um esforço, certamente vai se lembrar de que um acontecimento fortuito já aconteceu em sua vida, mudando-a profundamente. Mas, se pensar um pouco além da superficialidade, verá que, por mais que tenha reputado aquele fato a uma coincidência, a verdade é que você estava preparado para aquilo e até mesmo buscando…

A minha história com o Toledo não teria acontecido, se ambos não estivéssemos abertos para o amor e para um relacionamento, por mais que as coincidências da vida empurrassem um para os braços do outro.

Se dê ao direito de não fazer nada

Um dos fatores que observo ao ver histórias de serendipidade é que elas acontecem quase sempre fora do local de “trabalho” de quem as vivencia. Não foi olhando para os números que Newton sentiu a presença da gravidade, mas no almoço com um amigo em um pomar. Por isso é tão importante o tal do ócio criativo proposto pelo sociólogo italiano Domenico De Mazi.

Permitir-nos momentos de relaxamento e desconexão (algo cada vez mais difícil em tempos de smartphones e redes sociais) é fundamental para que possamos ter a oportunidade de encontrar a serendipidade.

Pense quantas vezes você já esteve absorto em um problema e, ao se distanciar dele, em um momento de folga ou reflexão, encontrou a solução? Isto não é sorte, mas sim, o fruto de todo o tempo em que se esforçou para solucionar a questão. No entanto,  é preciso distanciamento e mente aberta para a “sorte” nos encontrar…

Meu objetivo com este artigo é tentar lhe dizer que  se permita mais sair de sua zona de conforto, ter contato com a natureza e com pessoas que pensem diferentemente de você. Para estar no lugar certo, na hora certa, é preciso se dispor a estar em algum lugar! O lugar certo e a hora certa, tenho convicção disso, não estão na tela do seu celular!

Esforce-se, estude, tenha a mente aberta, e aí, certamente, a serendipidade o encontrará. E não esquente com aqueles que chamarem isso de sorte! Ela só vem para quem realmente merece.

 

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Rê Spallicci