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ESG

Um dia para fazer o bem

Uma tradição familiar que já chega à terceira geração deixa o Natal de muita gente mais feliz. Conheça a história de solidariedade da Família Camillo.

 23 de dezembro de 2015
3 min de leitura

Um dia para fazer o bem

Há 23 anos, Euri resolveu fazer uma pequena ação, mas que impactaria a vida de muita gente.

No dia 24 de dezembro, ele saiu pelas ruas de São Paulo com suas filhas, distribuindo brinquedos para crianças de rua. “Meu pai e minha mãe, Carla, ficavam muito chateados de ver a dificuldade pelas quais  as pessoas passavam, principalmente na época das festas. Nós tínhamos sempre uma mesa farta e vários presentes, e muitas famílias não tinham o que comer, e nem um presente para dar para suas crianças. Além disso, meu pai sempre fez questão de mostrar para nós a realidade por  que muitos passam e que é tão distante da nossa. E como é gratificante poder fazer um mínimo gesto para alguns.”

Quem nos conta esta história é a empresária Marina Camillo, filha de Euri, que acompanha a rotina do pai desde então. Os anos foram passando, e o casal Camillo continuou com sua tradição natalina: Carla comprava e embrulhava os presentes e, no dia 24 de dezembro, Euri saía para distribuir.

Aos poucos, mais pessoas começaram a participar. “Rosa, uma grande amiga dos meus pais, passou a ajudar na organização e trouxe mais gente. Assim, a nossa distribuição de presentes foi ganhando corpo”, comenta Marina.

Hoje, junto com os brinquedos, são distribuídos alimentos para os adultos. O carro de Euri deu lugar a um caminhão e, além de Marina, suas irmãs e o sobrinho de 9 anos, cerca de 25 pessoas, entre amigos e familiares, seguem mantendo a tradição. A agenda do dia 24 de dezembro está sempre reservada para isso.

“A cada ano que voltamos, somos recepcionados pelos moradores de rua dizendo que nos esperavam, pois eles sabem que vamos  todos os anos. Com certeza, estaremos lá  todo dia 24 de dezembro e, um dia, quero levar meus filhos e ter a certeza de que eles também vão dar continuidade ao sonho do meu pai”, revela.

Para ela, a ação moldou sua vida e sua percepção da realidade. Por isso, guarda com carinho cada sorriso que já recebeu das crianças e adultos. “Esse foi sempre o melhor presente. Ver a alegria das pessoas é indescritível. É emocionante ver o sorriso no rosto, cada abraço, cada agradecimento… é maravilhoso”, conta a empresária.

Para quem se inspirou na história de Euri e também deseja  praticar alguma ação de solidariedade, Marina ensina. “Meus pais são a maior prova de que cada um pode fazer o mínimo, e que o mínimo já é uma grande ação para quem não tem nada. Eles começaram entregando 50 brinquedos, e hoje, com a ajuda dos amigos, temos algo muito maior”, conclui.

Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci