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Saúde

Instituto fornece apoio e informação

No mês da campanha Novembro Azul, conversamos com a psico-oncologista Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com o objetivo de ajudar o paciente com câncer.

 27 de novembro de 2015
6 min de leitura

Instituto fornece apoio e informação - Novembro Azul

Neste mês, o mundo todo se une na campanha mundial de conscientização Novembro Azul. Realizada por diversas entidades e dirigida à sociedade e aos homens, a campanha tem por objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata e de outras doenças masculinas.

Aproveitando a data, conversamos com a psico-oncologista Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia, uma associação sem fins lucrativos, criada e idealizada com a intenção  de ajudar o paciente com câncer e a população a viverem melhor, por meio de ações estratégicas de prevenção e promoção à saúde, bem-estar e qualidade de vida.

 

foto-luciana

 

Portal Renata Spallicci – Conte-nos um pouco sobre o surgimento do Instituto.

Luciana Holtz – Atendendo pacientes em meu consultório, percebi a necessidade de criar um canal que oferecesse informação de qualidade e realmente útil para quem está enfrentando um câncer.  Então, em 2003, tive  ideia de lançar um portal, o portal Oncoguia. Após seis anos de mundo virtual, notei mais uma vez a necessidade de ampliar o trabalho, juntei alguns amigos e fundamos a ONG Instituto Oncoguia.

 

PRS – Quais os objetivos e atividades que realizam?

LH – Nossa missão é ajudar o paciente com câncer a viver melhor, por meio de ações e projetos de informação de qualidade, apoio, acolhimento, orientação personalizada e advocacy. Para tudo isso, ainda usamos muito o nosso portal e também temos forte presença nas mídias sociais. Realizamos eventos políticos e educativos para pacientes, campanhas de conscientização e temos nosso programa gratuito de apoio ao paciente com câncer por uma   central 0800.

 

PRS – Especificamente em relação ao câncer de próstata. Como o instituto ajuda e apoia os pacientes. Que tipo de serviços oferece?

LH – Oferecemos uma página completa em nosso portal com informações, textos, vídeos, entre outros, além do programa de apoio por meio da linha 0800-7731666 pela qual muitos pacientes e familiares podem tirar dúvidas de direitos, problemas para conseguir diagnóstico e tratamento e questões de qualidade de vida.

 

PRS – Como o instituto se mantém? Como as pessoas podem ajudar?

LH – Nossos projetos são patrocinados por empresas multinacionais e também  por grandes ONGs americanas, como a American Câncer Society e Susan Komen. Mas qualquer pessoa pode nos ajudar fazendo sua doação, por intermédio  da nossa plataforma de doação: http://www.vocenaoestasozinho.org.br/

 

PRS – Qual a importância de campanhas como o Novembro Azul na conscientização dos homens? O que o Instituto está fazendo em especial para este mês?

LH – Um dos problemas que ouvimos dos pacientes está relacionado com desinformação e desalinhamento de mensagens. Ou seja, os homens, muitas vezes, se veem confusos sobre como devem se cuidar.

Por isso, estamos usando nossas redes sociais e o portal para mudar isso e garantir que homens e pacientes consigam ter acesso à informação de qualidade e que fiquem conscientes sobre os cuidados que devem ter. Também vamos participar de um evento na Câmara dos Deputados, em Brasília, para discutir formas de melhorias para o cenário brasileiro do câncer de próstata.

 

PRS – Já que mencionou essa intervenção de caráter mais político, junto aos parlamentares. Parece que o Instituto procura também ter uma atuação voltada a esse aspecto das políticas públicas de câncer?

LH – Isso mesmo. Temos o Nucleo de Advocacy, um termo em inglês, ainda sem tradução para a língua portuguesa, que indica ações de pessoas ou de um grupo que buscam a solução de um problema ou aprimoramento de uma política pública. No Instituto Oncoguia, temos exercido isso. Para nós, advocacy é a arte de investigar e diagnosticar problemas enfrentados pelas pessoas que vivem e convivem com o câncer e propor soluções sustentáveis e responsáveis. Assim, sempre que identificamos problemas generalizados ou oportunidades de aprimoramento de políticas públicas em oncologia, nosso núcleo de Advocacy entra em ação, realizando um intenso trabalho de investigação levantamento de dados, mapeamento político e inteligência tática e estratégica para ajudar na busca da melhor solução e no desenvolvimento de ações políticas. Na prática, fazemos mapeamento politico, reuniões com parlamentares e também monitoramento das 3 esferas: legislativo, executivo e judiciário, sempre buscando formas de melhorar a situação do câncer no Brasil.

 

PRS – Como é o panorama do câncer de próstata no Brasil?

LH – Temos anualmente quase 70 mil novos casos de câncer de próstata e o mais grave é que mais da metade está descobrindo num estágio avançado. É um  ponto muito preocupante e precisamos mudar essa realidade.

 

PRS – Quais os principais sintomas do câncer de próstata?

LH – Dor óssea, na coluna, sangramento na urina e dificuldade progressiva para urinar são sintomas que merecem atenção, ou seja, tem que ir ao urologista para não ficar com dúvida e saber o que está acontecendo.

Busque seu propósito. Deixe  seu legado.

Rê Spallicci