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Saúde

As duras lições do confinamento para as famílias

As lições que a quarentena pode trazer para as famílias

 9 de abril de 2020
13 min de leitura

As duras lições do confinamento para as famílias

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Estamos entrando em um período crítico do confinamento a que todos estamos nos submetendo em virtude do COVID-19. Em São Paulo, já estamos na terceira semana e passados os ajustes iniciais à nova rotina um novo ingrediente parece começar a assombrar as pessoas: a convivência excessiva e diárias com as mesmas pessoas.

Afinal, em um mundo no qual cada vez mais somos inundados por inúmeras atividades, ficar tanto tempo junto sob o mesmo teto é algo que quase nenhuma pessoa já havia enfrentado e é um desafio extra para casais e famílias.

Como podemos então aparar as arestas deste convívio? É isso que vou abordar neste artigo: 

Contrato familiar

Lendo uma matéria sobre as lições aprendidas pelos astronautas em suas longas missões de confinamento, me diverti com um comentário de um leitor. “Eles ficam bem confinados porque não tem filhos”, ele disse!

Apesar do comentário ter sido em tom de brincadeira, tenho ouvido muitas reclamações semelhantes de pessoas com quem convivo. Afinal, além de boa parte dos adultos estar trabalhando fora enquanto a criançada está em casa, mesmo nos finais de semana elas também quase não param em casa. Aula inglês, treino de judô, ballet, futebol, festinha dos amigos, noite do pijama. Em suma, cada vez mais pais e filhos tem um contato diário tão estreito! Mesmo o período das férias das crianças, é uma realidade totalmente diferente, já que, nestes períodos normalmente os pais continuam trabalhando ou também estão de férias e aí podem sair, ir a parques, viajar, etc.    

Ou seja, podemos fizer sem medo de errar que esta convivência tão intensa é algo que quase ninguém experimentou. E é claro, por mais amor envolvido que haja entre membros de uma mesma família, as confusões acontecem!

Por isso, a primeira sugestão que especialistas dão para este momento é uma conversa franca entre todos os membros da família para que possa haver um novo “contrato familiar”

É o que falou Lea Waters AM, professora de psicologia da Universidade de Melbourne e especialista em relações familiares,  ao jornal The Guardian. “Sugiro que a família se sente e elabore um contrato familiar”, diz Waters. “Tenham uma discussão: quais você acha que serão os maiores desafios? Quais são os pontos fortes que cada um de nós tem como membro individual da família que pode ajudar? ” Discutir preocupações e expectativas sobre a quarentena e qual o papel que cada pessoa pode desempenhar para melhorá-la pode ser útil, diz ela. “

Além disso, independente da idade dos filhos, é importante que os pais sejam sinceros com as crianças, fale abertamente sobre o problema de maneira apropriada à idade e a contextualizem a todos sobre a nova situação que todos estão passando.

“Converse sobre fatos e sentimentos”, diz Waters.   É importante que as pessoas sejam abertas sobre o que estão passando e sentindo, para reduzir qualquer possível estigma ou constrangimento associado ao auto-isolamento.

Por mais que as rotinas pareçam estar entrando em uma escala “normal”(claro, que dentro da anormalidade da situação) com as crianças fazendo as atividades e lições que a escola enviou por e-mail é essencial que pais e mães tenham mais tempo do que o habitual para estarem com elas. “Os pais podem tentar fazer jogos, artesanato, ler  livros juntos, e é bom que todos tenham em mente que em tempos como estes conceder mais tempo de tela (TV, IPAD, Celular) do que o normal não será catastrófico.

Coloque metas

Pode parecer meio sonhador, mas dá sim para você aproveitar este período para aprender algo novo e incentivar todos os membros da família a fazerem o mesmo.

Sentir que algo foi realizado durante um período de isolamento será importante para as crianças e seus pais. E isso não precisa ser algo ultra mega desafiador. Pode Ser fazer um conserto em casa, organizar os armários, aprender ou ensinar algo para seus filhos.  Outra sugestão dos especialistas é incentivar as crianças a manterem um “diário corona”, no qual possam documentar sua experiência.

Outro ponto fundamental é programara atividades para que todos façam juntos como 

como planejar uma noite de cinema e pipoca na TV, fazer a faxina da casa, ou reorganizar os móveis.

E se programar atividades juntos  é essencial respeitar o tempo sozinho de cada mebro da família também é muito importante, afinal, todos nós precisamos de um tempo só pra gente, para pensar e nos autoconhecer.

Outro componente crítico do bom estado mental é se sentir conectado aos outros. E desta vez, a tecnologia é nossa amiga. Conectar e reservar tempo para amigos nas mídias sociais ou por telefone será fundamental para os adultos.

As crianças também estão acostumadas a ambientes altamente sociais e também precisam se conectar com os amigos. Waters diz que crianças mais velhas podem criar temas no Instagram ou Snapchat, onde podem compartilhar suas experiências e dicas com os amigos. Com as crianças mais novas é essencial agendar algumas videochamadas com amigos e familiares.

Aprenda com a experiência

O mais importante termos em mente é que por mais dura que a experiência esteja sendo para todos nós, um dia tudo isso vai passar e esta experiência certamente ensinará muitas lições a todos que a vivenciaram.

Para nós adultos certamente será uma memória de caos, angústias e medo pelo futuro da saúde e da economia, mas para as crianças este momento pode ficar marcado de formas distintas, e isso dependerá muito do jeito como toda a família lidará com a esta situação.

Eles podem guardar este momento como um período de nervosismo, medo e angústia ou como aquele momento que ficaram mais com os pais, brincaram pelo celular com os avós, viram cinema até mais tarde, fizeram um bolo delicioso juntos na cozinha e se sujaram com farinha, praticaram ginástica com os pais no meio da sala.

Sim, mesmo em meio ao caos temos a chance de criar memórias afetivas maravilhosas em nossas crianças e elas são essenciais para um futuro cheio de desafios que temos pela frente.      

Lendo uma matéria sobre as lições aprendidas pelos astronautas em suas longas missões de confinamento, me diverti com um comentário de um leitor. “Eles ficam bem confinados porque não tem filhos”, ele disse!

Apesar do comentário ter sido em tom de brincadeira, tenho ouvido muitas reclamações semelhantes de pessoas com quem convivo. Afinal, além de boa parte dos adultos estar trabalhando fora enquanto a criançada está em casa, mesmo nos finais de semana elas também quase não param em casa. Aula inglês, treino de judô, ballet, futebol, festinha dos amigos, noite do pijama. Em suma, cada vez mais pais e filhos tem um contato diário tão estreito! Mesmo o período das férias das crianças, é uma realidade totalmente diferente, já que, nestes períodos normalmente os pais continuam trabalhando ou também estão de férias e aí podem sair, ir a parques, viajar, etc.    

Ou seja, podemos fizer sem medo de errar que esta convivência tão intensa é algo que quase ninguém experimentou. E é claro, por mais amor envolvido que haja entre membros de uma mesma família, as confusões acontecem!

Por isso, a primeira sugestão que especialistas dão para este momento é uma conversa franca entre todos os membros da família para que possa haver um novo “contrato familiar”

É o que falou Lea Waters AM, professora de psicologia da Universidade de Melbourne e especialista em relações familiares,  ao jornal The Guardian. “Sugiro que a família se sente e elabore um contrato familiar”, diz Waters. “Tenham uma discussão: quais você acha que serão os maiores desafios? Quais são os pontos fortes que cada um de nós tem como membro individual da família que pode ajudar? ” Discutir preocupações e expectativas sobre a quarentena e qual o papel que cada pessoa pode desempenhar para melhorá-la pode ser útil, diz ela. “

Além disso, independente da idade dos filhos, é importante que os pais sejam sinceros com as crianças, fale abertamente sobre o problema de maneira apropriada à idade e a contextualizem a todos sobre a nova situação que todos estão passando.

“Converse sobre fatos e sentimentos”, diz Waters.   É importante que as pessoas sejam abertas sobre o que estão passando e sentindo, para reduzir qualquer possível estigma ou constrangimento associado ao auto-isolamento.

Por mais que as rotinas pareçam estar entrando em uma escala “normal”(claro, que dentro da anormalidade da situação) com as crianças fazendo as atividades e lições que a escola enviou por e-mail é essencial que pais e mães tenham mais tempo do que o habitual para estarem com elas. “Os pais podem tentar fazer jogos, artesanato, ler livros juntos, e é bom que todos tenham em mente que em tempos como estes conceder mais tempo de tela (TV, IPAD, Celular) do que o normal não será catastrófico.

Coloque metas

Pode parecer meio sonhador, mas dá sim para você aproveitar este período para aprender algo novo e incentivar todos os membros da família a fazerem o mesmo.

Sentir que algo foi realizado durante um período de isolamento será importante para as crianças e seus pais. E isso não precisa ser algo ultra mega desafiador. Pode ser fazer um conserto em casa, organizar os armários, aprender ou ensinar algo para seus filhos.  Outra sugestão dos especialistas é incentivar as crianças a manterem um “diário corona”, no qual possam documentar sua experiência.

Outro ponto fundamental é programara atividades para que todos façam juntos como planejar uma noite de cinema e pipoca na TV, fazer a faxina da casa, ou reorganizar os móveis.

E se programar atividades juntos é essencial respeitar o tempo sozinho de cada membro da família também é muito importante, afinal, todos nós precisamos de um tempo só para a gente, para pensar e nos autoconhecer.

Outro componente crítico do bom estado mental é se sentir conectado aos outros. E desta vez, a tecnologia é nossa amiga. Conectar e reservar tempo para amigos nas mídias sociais ou por telefone será fundamental para os adultos.

As crianças também estão acostumadas a ambientes altamente sociais e também precisam se conectar com os amigos. Waters diz que crianças mais velhas podem criar temas no Instagram ou Snapchat, onde podem compartilhar suas experiências e dicas com os amigos. Com as crianças mais novas é essencial agendar algumas videochamadas com amigos e familiares.

Aprenda com a experiência

Os mais importantes termos em mente é que por mais dura que a experiência esteja sendo para todos nós, um dia tudo isso vai passar e esta experiência certamente ensinará muitas lições a todos que a vivenciaram.

Para nós adultos certamente será uma memória de caos, angústias e medo pelo futuro da saúde e da economia, mas para as crianças este momento pode ficar marcado de formas distintas, e isso dependerá muito do jeito como toda a família lidará com a esta situação.

Eles podem guardar este momento como um período de nervosismo, medo e angústia ou como aquele momento que ficaram mais com os pais, brincaram pelo celular com os avós, viram cinema até mais tarde, fizeram um bolo delicioso juntos na cozinha e se sujaram com farinha, praticaram ginástica com os pais no meio da sala.

Sim, mesmo em meio ao caos temos a chance de criar memórias afetivas maravilhosas em nossas crianças e elas são essenciais para um futuro cheio de desafios que temos pela frente.      

Sim, mesmo em meio ao caos temos a chance de criar memórias afetivas maravilhosas em nossas crianças e elas são essenciais para um futuro cheio de desafios que temos pela frente.      

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Rê Spallicci