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Carnaval

Do Lixo ao Luxo – minha participação no Baile do Copa

Tudo sobre a minha fantasia que deu o que falar no mais tradicional baile do carnaval do Brasil

 23 de fevereiro de 2020
3 min de leitura

Do Lixo ao Luxo – minha participação no Baile do Copa

Não deu tempo nem para descansar. Dormi ainda no pique do desfile da Barroca, acordei e já fui para o Aeroporto, a fim de embarcar para o Rio de Janeiro. O objetivo? Baile do Copa, um dos mais tradicionais do carnaval brasileiro!

Tendo como tema “Abra Suas Asas”, para falar sobre liberdade e diversidade, o baile teve a assinatura de Daniel Cruz  que transformou os salões quase centenários do lindo e tradicional hotel em uma verdadeira floresta contemporânea. Algo simplesmente ma-ra-vi-lho-so!

O evento já faz parte do calendário oficial do Carnaval carioca e é realizado no hotel Belmond Copacabana Palace, ininterruptamente, desde 1994… E eu não podia deixar passar uma oportunidade como essa, quando se fala de diversidade e liberdade, para defender duas bandeiras pelas quais sempre lutei: a quebra dos padrões estéticos de beleza e o cuidado com o meio ambiente.

Meu vestido lacrador

Por isso, preparei mais do que uma roupa, uma verdadeira performance para o baile! Afinal, se não for para causar, a gente nem sai de casa, não é mesmo??

Ao chegar ao Copa, eu usava uma capa preta bordada com a frase “Perfection is a disease of a nation” pinçada da música Pretty hurts, de Beyonce, e uma máscara da perfeição. Meu objetivo foi fazer uma crítica aos padrões de beleza e mostrar como a busca pela perfeição e por seguir padrões leva as mulheres a adoecerem. Eu sou uma atleta de fisiculturismo e sofri preconceito por isso. Então, sou a favor das pessoas terem os corpos que as façam felizes. Fortes, magros, gordos, não importa, o que não podemos mais é querer estabelecer padrões únicos para as mulheres.

Mas ainda havia mais! Por baixo da capa, usei um modelo criado pelo stylist Murilo Rangel e produzido por Van Loureiro, que foi todo confeccionado com materiais reciclados. A saia feita de anéis de alumínio de latinhas de cerveja e refrigerante, e o top prateado utilizando a parte interna das embalagens tetra pak criaram um efeito de luxo com materiais que vieram do lixo. Ficou um arraso!

Sabem? Eu acredito que o carnaval é um momento de catarse, de aliviar o estresse, de curtir e brincar muito, mas vejo que ele tem um importante papel social de levantar questões. Por isso, fiz questão de aproveitar a visibilidade do baile para dar o meu recado.

E vocês, o que acharam do meu vestido? Confiram nas fotos e me mandem comentários, hein?

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Rê Spallicci