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Carnaval

O que é ser uma Rainha de Bateria?

Conheça as funções de um dos cargos mais cobiçados nas escolas de samba

 13 de fevereiro de 2020
6 min de leitura

O que é ser uma Rainha de Bateria?

Este ano estou tendo a minha primeira experiência como Rainha de Bateria, debutando na escola que já aprendi a amar, a tradicionalíssima Barroca da Zona Sul. E muita gente me pergunta: “Mas afinal, o que faz uma rainha de bateria? Quais são as atribuições desta ‘função’”?

Realmente este é um tema que pouca gente conhece, principalmente quando não são pessoas que militam no Carnaval. Por isso, resolvi trazer este artigo contando um pouco sobre a história do “cargo” e qual o nosso papel de rainha. Ficou curioso? Então, acompanhe o artigo até o final e confira!

Um pouco de história

Não há uma história oficial sobre o surgimento da Rainha de Carnaval, mas há alguns fatos que consideramos marcantes na história deste “cargo”.

E, nesse contexto, muitos consideram que a ideia surgiu na década de 1970, quando uma famosa passista, Adele Fátima, desfilou à frente da bateria da escola Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio de Janeiro. Entretanto, ela não portava o título de rainha de bateria.

Somente 15 anos depois, em 1985, a Mocidade repetiu a estratégia de levar uma modelo à frente da bateria, Monique Evans, denominando-a Rainha da Bateria.

Com o sucesso feito pela morena, aos poucos, outras escolas foram adotando a figura, e hoje, a maioria das agremiações, tanto do Rio como de São Paulo, contam com esta integrante que empresta beleza e animação para toda a escola.

As rainhas são avaliadas?

A rainha de bateria não é um quesito avaliado individualmente, mas fazemos parte do todo da escola… Mas nossas fantasias são avaliadas assim, como as dos demais integrantes da agremiação.

Claro que, por sermos uma figura de destaque, nossa animação e disposição contam também na avaliação e refletem um pouco toda a garra da escola. Daí a responsabilidade de estarmos sempre com o samba na ponta da língua e com a atitude a mil para contagiar a escola e impressionar os jurados. 

O papel para com a escola e a comunidade

Mas, esses pontos que abordei dizem respeito apenas a uma pequena parcela do papel, que eu acredito, deva exercer uma rainha. O desfile é o clímax, o ápice de todo um trabalho que é construído ao longo do ano, mas, a meu ver, a rainha tem um papel ainda mais importante a desempenhar em todo este período. São vários eventos de que participei ao longo do ano, e que, apesar de não serem uma obrigação, eu julgo um dever da rainha, para mostrar o seu comprometimento com a escola e com a comunidade.

Eventos como o natal das crianças da comunidade, visitas a outras agremiações, apresentação da escola, entrevistas com a emissora que transite o carnaval, gravação do clipe, enfim, uma série de ações que a escola desempenha, e que eu, como Rainha, julgo essencial participar.

Papel institucional 

E é claro, a Rainha exerce também um relevante papel institucional e de marketing para as escolas, com aparições em eventos, festas, e, principalmente, na imprensa.

Sempre que sou entrevistada, seja por causa do carnaval ou não, faço questão de citar o carnaval de São Paulo e a Barroca; então, temos também o papel de embaixadoras da escola.

Recentemente, por exemplo, estive no Baile da Vogue e ganhei bastante destaque na mídia, e é claro que o nome da Barroca sempre esteve ao meu lado. E o mesmo acontecerá nos demais eventos de Carnaval, como o baile do Copa, entre outros.

Enfim, acredito que não há um papel específico que deva ser cumprido pela rainha, mas a minha visão sobre o “cargo” é que sou uma embaixadora, uma representante da marca da minha escola, e que, por isso, tenho uma enorme responsabilidade junto à escola, à comunidade e ao pavilhão que represento.

Estou amando este meu novo papel e espero estar me comportando à altura do que a escola espera de mim e do carinho com que todos me receberam!

Ah! E você conhece todas as rainhas das escolas de São Paulo? Confira:

Rainhas de bateria

Renata Spallicci, rainha de bateria da Barroca Zona Sul

Pâmella Gomes, rainha de bateria da Tom Maior

Simone Sampaio, rainha de bateria da Dragões da Real

Viviane Araújo, rainha de bateria da Mancha Verde

Andréa Capitulino, rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé

Valeska Reis, rainha de bateria da Império de Casa Verde

Juju Salimeni, rainha de bateria da X-9 Paulistana

Samara Carneiro, rainha de bateria da Pérola Negra

Muriel Quixaba, rainha de bateria da Colorado do Brás

Sabrina Sato, rainha de bateria da Gaviões da Fiel

Aline Oliveira, rainha de bateria da Mocidade Alegre

Savia David, rainha de bateria da Unidos de Vila Maria

Ana Beatriz Godói, rainha de bateria da Rosas de Ouro

*Águia de Ouro: Não terá rainha de bateria

À frente dos ritmistas, a escola desfilará com um trio de musas:

Vanessa Alves, Domênica Anastácio e Marina Franco.

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RêSpallicci