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Saúde

Empresas fazem doações para combater Coronavírus

Saiba como as empresas do Brasil estão contribuindo para ajudar a combater o COVID.

 30 de abril de 2020
7 min de leitura

Empresas fazem doações para combater Coronavírus

Dizem que o melhor (e o pior) das pessoas se aflora nos momentos de tensão e de dificuldades. Certamente, esta pandemia pela qual estamos passando comprova este fato! E estou certa de que as ações que demonstram o melhor das pessoas superam em muito as que mostram o contrário…

São ações de pessoas que se unem na internet para juntar mantimentos e distribuir em comunidades carentes, ou para pagar uma refeição para os entregadores de aplicativos que estão nas ruas, para que possamos ficar em casa. São psicólogos que fazem atendimento gratuito por vídeo-chamadas, músicos que tocam em suas varandas, para animar e entreter os vizinhos…

E é claro, atitudes cidadãs de inúmeras empresas que estão contribuído de forma essencial, a fim de que possamos superar este momento. Eu acredito muito no papel social das empresas, o que é uma realidade na Apsen, como já comentei com vocês em outras matérias. Além da doação de hidroxicloroquina, contribuímos fabricando e distribuindo máscaras caseiras, entregamos alimentos em comunidades carentes, entre outras ações.

Mas, hoje, quero falar sobre o que outras renomadas empresas estão fazendo e qual a relevância dessas ações para todos nós! Vamos lá?

Doações recorde

Doações recorde Apsen

O Itaú Unibanco anunciou uma doação de R$ 1 bilhão para medidas de enfrentamento da epidemia no Brasil. O projeto recebeu o nome “Todos pela Saúde” e vai ser administrado por um grupo de especialistas. O grupo é liderado pelo diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap. Também fazem parte: o médico oncologista Drauzio Varella, o ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina Neto, o ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Maurício Ceschin,  o consultor do Conselho dos Secretários de Saúde, Eugênio Vilaça Mendes, o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner e o diretor-presidente.  

O fundo vai investir em quatro pilares fundamentais no combate ao novo coronavírus:

1- informar sobre o uso de máscaras e a higiene das mãos e disponibilizar testes para o novo coronavírus e equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde;

2 – cuidar, que inclui capacitação de profissionais de saúde, compra e distribuição de insumos estratégicos, apoio a gestores públicos de estados e municípios;

3 – ajudar a desenvolver estratégias para um retorno seguro às atividades sociais, quando for a hora,

4 – monitorar a população com risco elevado.

O projeto se soma a outras iniciativas do Itaú Unibanco nesta pandemia, como a doação de R$ 10 milhões à Fiocruz para apoiar a construção de um hospital no Rio; de R$ 8,5 milhões para a aquisição de respiradores; e de R$ 1,5 milhão para aumentar a capacidade de atendimento do Hospital Municipal do M’Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo.

O Bradesco, o Santander e o Itaú Unibanco fizeram também uma parceria. Juntos, os três bancos estão investindo R$ 282 milhões na importação de equipamentos médicos, como respiradores e tomógrafos; importação de cinco milhões de testes rápidos para detectar a Covid-19; e em doações para a confecção de 15 milhões de máscaras. Individualmente, o Bradesco também está importando da China 500 monitores de UTI.

A indústria de alimentos BRF, dona de marcas como Sadia e Perdigão, está doando R$ 50 milhões para hospitais, asilos e outras entidades nas cidades onde a empresa está instalada.

O BB Seguros e o Banco BV estão doando R$ 55 milhões para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social, principalmente as que são de grupos de risco para a Covid-19. O dinheiro vai para alimentação, cuidados com a saúde, assistência social e, também, compra de insumos e equipamentos hospitalares. A Fundação Banco do Brasil vai selecionar as comunidades vulneráveis.

O iFood anunciou um fundo de R$ 52 milhões para apoiar pequenos restaurantes e entregadores.

Construção de hospitais e doações de alimentos

Outra empresa que está investindo no enfrentamento ao novo coronavírus é a Rede D’Or de hospitais. No total, são R$ 120 milhões. No Rio de Janeiro, a rede está ajudando a construir dois hospitais de campanha. Um deles fica na Autoestrada Lagoa-Barra, e a previsão é que comece a funcionar daqui a duas semanas. Ele vai ter 200 leitos, sendo cem de UTI. O hospital tem custo estimado de R$ 45 milhões, e a parceria para construí-lo inclui: Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Banco Safra e Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

Em São Paulo, a Rede D’Or formou outra parceria para ajudar a Santa Casa de Misericórdia e reformar 102 leitos para casos de Covid-19, sendo 30 leitos de UTI. A obra já começou e deve custar cerca de R$ 20 milhões, que a rede está dividindo com a SulAmérica e a Qualicorp.

Além dos R$ 5 milhões investidos em um hospital de campanha no Rio, as Americanas anunciaram doação de R$ 40 milhões para investimentos em saúde e logística. O dinheiro vai ser usado, por exemplo, na compra de respiradores para hospitais públicos, máscaras, cestas básicas e kits de testes rápidos.

A Nestlé doou cerca de 500 toneladas de alimentos, bebidas e petfood para auxiliar a suprir as necessidades da população brasileira desde o fim de março, incluindo leites, sopas, biscoitos e cafés, entre outros.

De acordo com informações da companhia, que possui 25 fábricas no País, mais de 24 toneladas de alimentos a aproximadamente 2,5 mil famílias ligadas às cooperativas de reciclagem da cidade de São Paulo e região, em parceria com as cooperativas de reciclagem e catadores da plataforma Cataki — das quais 1,5 mil cestas básicas a famílias de cooperativas parceiras que foram treinadas e atuam na reciclagem de cápsulas de café.

A Nestlé também doou 28 toneladas de complemento nutricional NutrenSenior para idosos em lares de permanência, no estado de São Paulo, o suficiente para dois meses e equivale a cerca de R$ 4,6 milhões em valor de mercado.

Enfim, são inúmeros os exemplos de empresas que estão exercendo sua função social e atuando para minimizar os efeitos devastadores desta crise planetária de saúde.

Mais do que nunca, precisaremos da união de todos os setores da sociedade, pois só assim conseguiremos passar juntos por este momento único em nossa história. Acredito que essa seja a maior missão da nossa geração e estou pronta para ela! E você, o que pode fazer para ajudar alguém neste momento?

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Rê Spallicci